Meu Comentário:
Joana D’arc (1412-1431), também conhecida como a Donzela de Orléans, era francesa. Desde muito jovem chamava a atenção por possuir, vamos por assim dizer, dons diferentes dos de mais jovens da sua idade. É considerada Santa pela Igreja Católica que a tornou beata em 1909 e a canonizou em 1920. Quase 500 anos após a sua morte. Ainda criança demonstrava uma piedade e bondade extraordinária pelos seus semelhantes. Na sua história de vida destaca-se o fato de poder ouvir vozes. Aos 13 anos de idade essas vozes divinas a ordenavam a partir para salvar Orléans. Que se encontrava naquele período cercada pelos ingleses. Outro fato de destaque na sua – biografia mística – é que reconheceu o rei da França Carlos VII disfarçado entre os membros da corte em 1429. Quando disse-lhe que vinha em nome de Deus para fazê-lo sangrar em Reims como legítimo rei Francês. Após esse fato a autenticidade da sua fé foi reconhecida ganhando notoriedade. Joana D’arc é considerada um dos ícones da Guerra dos Cem Anos entre a Inglaterra e França. Com o exército do rei Carlos VII obteve inúmeras vitórias sobre as posições anglo-borgonhesas. Frente a isso, ao perceberem que estava ganhando cada vez mais destaque, a diplomacia real logo tratou de colocar entraves no caminho da Donzela de Orléans. E devido às limitações que lhe causaram venho a fracassar em Paris em 08 de setembro de 1429, onde também foi ferida. Em 23 de maio de 1430 foi capturada por João de Luxemburgo. Que percebeu a oportunidade em suas mãos para salvar Compiègne. Luxemburgo utilizou então Joana D’arc como barganha, entregando-a aos ingleses por 10.000 mil escudos. Joana foi aprisionada no castelo de Rouen e logo denunciada ao tribunal da Santa Inquisição. O qual após um longo processo encaminhado pelo bispo de Beauvais, Pierre Cauchon, acalorado devoto da causa inglesa, a declarou herética. Joana D’arc foi queimada viva em 30 de maio de 1430 na Praça do Velho Mercado em Rouen. Seu legado atravessou os séculos e serviu de inspiração para vários artistas. Sua história foi retratada em pinturas, filmes e várias óperas, por exemplo, a de Verdi (1845) e Tchaikovsky (1878).