Cristiane Camargo Gimenes – Pedagogia UFRGS
Karina de Lamare Leitzke Fernandes – Pedagogia UFRGS
Maiara M. Carvalho Correa – Pedagogia UFRGS
Palavras-Chave: ludicidade; docência; formação.
Resumo
Este trabalho, incluído no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) do Curso de Pedagogia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), tem como enfoque a alfabetização, o letramento e a temática indígena, permeados por e através de jogos e brincadeiras. A partir das observações realizadas na escola que desempenhamos nosso projeto, constatamos a ausência de recursos lúdicos dentro do contexto da sala de aula nas praticas dos professores. Contudo, é notória a importância e a necessidade de utilizarmos a ludicidade como ferramenta pedagógica no processo de ensino/aprendizagem.
O texto aqui apresentado, que realiza e aprofunda a reflexão sobre o trabalho desenvolvido na escola, está estruturado em quatro partes: Inicialmente, apresentar a instituição escolar; em seguida conceituar as diferentes concepções de ludicidade, jogo e brincadeira segundo diferentes autores; a seguir, contextualizar a ludicidade e suas relações com os sujeitos envolvidos, tais como alunos, professores e bolsistas do PIBID; e, por último, explanar os êxitos e desafios encontrados nessa prática educativa.
Nossa atuação foi desenvolvida, de agosto à dezembro de 2010, numa escola pública estadual, localizada no bairro Partenon, que atende grande parte da comunidade do Morro Conceição na cidade de Porto Alegre/RS. Na escola Padre Balduíno Rambo (Rambinho), atuamos semanalmente através de atividades planejadas previamente e propostas de acordo com a demanda das turmas. Durante este período, totalizamos treze encontros, contemplando oito turmas do jardim à quarta série, incluindo alunos com idades entre cinco a quatorze anos.
De acordo com Lima (2004) lúdico, qualifica tudo o que se relaciona com o jogo ou a brincadeira. Assim, a ludicidade caracteriza um comportamento ou ação relacionada ao prazer e ao divertimento. Para Fortuna (2000) o jogo pode ser atribuído à brincadeira, pois em ambos percebemos conceitos em comum, identificados e definidos como atividade lúdica, sendo esta livre, delimitada, incerta, improdutiva, regulamentada e simbólica.
Nas relações estabelecidas em sala de aula, o educador que promove o brincar e valoriza o ato da brincadeira nas ações dos seus alunos é somente aquele que também é capaz de brincar. Entretanto, a capacidade para entender o contexto da ludicidade e sua mediação não perpassa as práticas pedagógicas da maioria das professoras desta escola. Mesmo assim, no desenrolar das dinâmicas, os educandos apresentaram-se colaborativos e receptivos, agindo como sujeitos ativos, disponibilizando-se para o momento lúdico e apropriando-se dos jogos e brincadeiras.
Por último, podemos considerar que as influencias da ludicidade ocorreram não somente nos discentes, mas também nas bolsistas do programa. Esta troca de experiências possibilitou um crescimento importante na formação de cada uma das integrantes do grupo. Este trabalho nos mostrou que, para entendermos a importância da ludicidade no espaço escolar e seus benefícios na construção do conhecimento, necessitamos participar ativamente das propostas lúdicas. Estamos num caminho importante para dissipar e contaminar os alunos com o desejo de brincar e buscar o prazer. Todavia, como desafio, para a continuidade do trabalho, fica o de promover uma formação continuada voltada para o lúdico, instigando educadores a resgatarem sua infância, permitindo o jogo em suas vidas para que assim possam permiti-lo na sala de aula com os seus alunos.
OBS: Queres ler o artigo completo? É simples! Acesse o link: http://elaxeleeelexela.blogspot.com/p/brincar-estranhamento-ou-encantamento_22.html Não percam!
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