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domingo, 7 de agosto de 2011

Liberdade de Expressão! (Tonho Crocco)


Opinião dele:
Semana passada teve muita repercussão no cenário nacional à música “Gangue da Matriz” de Tonho Crocco. Isso porque a música atingiu diretamente 36 deputados que compõem a Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul. A composição de Crocco fala do aumento de 73% que foi estabelecido aos deputados por eles mesmos e perpassa o nome de todos que votaram a favor. Esse reajuste de 73% no salário dos deputados estaduais foi efetuado em 2010, passando de R$ 11.564,76 para a bagatela de R$ 20.042,34. A música foi considerada ofensiva e desmoralizante por grande parte dos deputados. Alguns não se manifestaram, já que o reajuste já foi aprovado e por lei não pode sofrer retroação. Ora, caros deputados e demais políticos do Brasil, a verdade só venho à tona. E bem à tona!  Tonho Crocco não se acomodou desta vez como grande parte da população e abriu o bico salientando o escárnio que os deputados cometeram contra a sociedade que representam. Reajuste salarial de político e outros afins que os beneficiam não tramitam nem entram na fila para votação, são aprovados num estalar de dedos. Que normalmente ocorre no apagar das luzes no final do ano ou em épocas que população esta desligada dos acontecimentos nacionais. E digo mais! Se boa parte dos deputados da assembléia fossem políticos íntegros e não tivessem nada a esconder a música de Crocco não os atingiria. Querem acusar Crocco de que? De difamação. Ou como mencionou Giovani Cherini (PDT) na rádio Gaúcha: a música de Tonho Crocco denigre a moral da casa, referindo-se a Assembléia. ‘Nunca antes na história deste país vi político preocupado com sua moral’. E agora querem pregar moral de cueca. Não tem cabimento isso! Entretanto, agora que viram que a moral deles esta baixa e seus argumentos não atingiram o coro necessário para entrar com uma ação contra Tonho Crocco resolveram voltar atrás no discurso e apaziguar os ânimos. Atitude política, óbvio. Cherini notou ainda que seu discurso contra Crocco não teve aprovação por grande parte dos políticos. Que dizem achar justa a manifestação e ir contra o embargo da liberdade de expressão. O atual presidente da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, Adão Villaverde (PT), neste caso, não participa dos argumentos apresentados pelo então ex-presidente Giovani Cherini (PDT), manifestando-se de forma contraria. Villaverde diz que não pode pedir a retirada do processo, mas é contrário à ação judicial. E deixa bem saliente que: “Não me associo a esse tipo de censura”. Já o deputado federal Giovani Cherini, que ajuizou representação junto ao Ministério Público contra o músico, pretende desistir da ação. Sua acessória afirmou que: “se for ele a peça que precisa desistir, a depender apenas dele, ele vai desistir”. Contudo, Cherini, ainda não sabe dizer os termos que vão conferir esta moção. Tudo bem! Tudo acertado desta vez. Só não volta atrás o reajuste de 73% que atribuiu aos deputados um salário de R$ 20.042,34.

Opinião dela:
Posso discordar? Defender a minha opinião? Ser a favor ou contra qualquer idéia? Proteger a minha e a nossa liberdade de expressão perante a repressão? Pensar diferente? Ou serei calada pela nossa república? Espero que não! E acredito que não! Lutaram-se anos e mais anos para conquistarmos a liberdade de expressão, de crítica e de todas as formas possíveis de livre-arbítrio. Sou defensora de que cada ser humano possa dizer o que pensa sem ser reprimido. Claro que existem palavras e formas de expressá-las corretamente e elas devem ser muito bem explicadas para que ninguém compreenda e julgue errado. Todos os anos, meses, semanas e dias nos deparamos com atrocidades, corrupção, roubos, entre outras atividades ilícitas e cruéis. Haveria uma maneira de não ficarmos insatisfeitos? Existe o silêncio perante tudo isso? Não! E porque não falar? E porque não divulgar para os seus amigos, pais, irmãos, professores, conhecidos, enfim para quem quer que seja? Foi isso que Tonho Crocco (Antônio Carlos Crocco – ex-vocalista da banda gaúcha Ultramen) fez. Como artista criou uma música (Rap). Como brasileiro criou uma crítica (Contra o aumento do salário dos deputados). Como ser humano criou a sua liberdade de expressão (Através de um vídeo divulgou ela pelos quatro cantos do Brasil e do mundo). E no que deu tudo isso? Numa baita confusão. Foi censurado e criticado por ter reclamado o aumento dos deputados no Rio Grande do Sul. Coitados, né? Ganham tão pouco. Absurdo! Trinta e seis deputados acham que ganham pouco e em menos de um mês está tudo resolvido... Todos comparecem e votam em ter o seu aumento. Para isso não há atrasos, brigas, falta de decoro e o mais importante é que não faltam verbas públicas para pagá-los (Em dia, é claro!). Absurdo! Alguns não ganham nada... Enquanto que outros ganham tudo. Por isso defendo e apoio a atitude de Tonho Crocco. De uma música, de uma arte, do rap (Um dos melhores estilos de música para reclamar e desabafar tudo o que ocorre em nossa sociedade) ele conquistou muitas pessoas para que juntas possam combater estas corrupção e as atitudes injustas contra a sociedade. Nada mais justo que aqueles que votam, trabalham dia após dia, pagam os seus impostos, tentam viver com o que sobra de um mísero salário, possam recriminar e divulgar as atitudes de seus representantes. Muito boa esta palavra: Representante. Será mesmo? Enfim, não quero entrar neste mérito. Grito mais uma vez (E nunca a última): Viva o livre-arbítrio! Viva a Liberdade de Expressão! A Liberdade de Crítica! A minha e a tua Liberdade!

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